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Alta Floresta,29/04/2024

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Dívida histórica ameaça setor do cacau na Bahia, apesar de cenário positivo de preços

Produtores lutam na justiça por anistia de dívidas acumuladas há mais de três décadas, enquanto mercado internacional oferece boas oportunidades


Dívida histórica ameaça setor do cacau na Bahia, apesar de cenário positivo de preços

**Título:** Dívida histórica ameaça setor do cacau na Bahia, apesar de cenário positivo de preços


**Subtítulo:** Produtores lutam na justiça por anistia de dívidas acumuladas há mais de três décadas, enquanto mercado internacional oferece boas oportunidades.



Apesar do momento considerado muito positivo para os preços do cacau, produtores na Bahia enfrentam uma batalha na justiça pela anistia de uma dívida que já perdura por mais de 30 anos. Enquanto a oferta global restrita eleva as cotações no mercado internacional, muitos produtores ainda lutam para superar os impactos da crise que começou no final dos anos 1980, com a devastação causada pela vassoura de bruxa. 

A crise no setor cacaueiro brasileiro teve seu início no final dos anos 1980, com a ocorrência da vassoura de bruxa, uma doença devastadora que afetou severamente as lavouras na Bahia, então o maior produtor nacional de cacau. A doença, identificada pela primeira vez em 1989, resultou na perda de até 75% da produção na região, causando desemprego em massa, êxodo rural e desmatamento da Mata Atlântica.

Para enfrentar essa crise, o Governo Federal criou o Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana (PRLCB), visando conter a disseminação da doença e revitalizar a produção de cacau na região. No entanto, as medidas adotadas não foram suficientes para reverter os impactos da crise, levando muitos produtores à falência e à impossibilidade de pagamento das dívidas contraídas.

Atualmente, muitos produtores estão envolvidos em processos judiciais buscando a anistia das dívidas oriundas do crédito rural obtido nos anos 90. O projeto de lei número 479, criado pelo senador Angelo Coronel, propõe o reconhecimento da ineficácia do antigo programa de restauração e a remissão das dívidas dos produtores.

No entanto, as dívidas acumuladas ao longo dos anos têm impedido o desenvolvimento do setor, dificultando o acesso a novas linhas de crédito e limitando os investimentos em tecnologia e restauração das áreas de produção.

A dívida histórica que assola os produtores de cacau na Bahia representa um obstáculo significativo para o desenvolvimento do setor, mesmo diante de um cenário internacional favorável de preços. A anistia dessas dívidas é crucial para permitir que os produtores possam avançar com seus negócios, restaurar suas áreas de produção e contribuir para a revitalização econômica da região cacaueira. A tramitação do projeto de lei 479 no Senado Federal oferece esperança aos produtores, que aguardam ansiosamente por uma solução para essa questão premente.




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