Ministério da Agricultura declara 18 Estados e o DF livres de febre aftosa sem vacinação
Portaria publicada abre caminho para reconhecimento internacional e estabelece mudanças no processo de imunização contra a doença
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou nesta segunda-feira (25) a publicação da Portaria nº 665, reconhecendo nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação 18 Estados brasileiros e o Distrito Federal. A medida proíbe o uso de vacinas nessas regiões e estabelece restrições à movimentação de animais e produtos. A decisão faz parte do plano de transição do país para o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
O processo de transição, delineado pelo Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visa atender aos critérios estipulados pelo plano estratégico e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O reconhecimento internacional exige a suspensão da vacinação por no mínimo 12 meses e a proibição do ingresso de animais vacinados nas áreas propostas.
Com essa mudança, os Estados reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação têm a oportunidade de acessar mercados mais exigentes internacionalmente. Atualmente, apenas seis Estados brasileiros possuem esse reconhecimento internacional.
A campanha de imunização contra a febre aftosa seguirá seu curso, com a última imunização nos Estados que adotarão a medida de suspensão da vacinação. Nos demais estados, a vacinação continuará sendo realizada nos meses de maio e novembro.
Além da imunização, os produtores devem declarar a vacinação ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado, seguindo os prazos estipulados. É fundamental que as vacinas sejam armazenadas corretamente e que a aplicação seja feita de acordo com as orientações técnicas.
A decisão do Ministério da Agricultura representa um passo significativo no processo de transição do Brasil para o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Com a publicação da portaria, abre-se a possibilidade de acesso a mercados internacionais mais rigorosos, ampliando as oportunidades para os produtores brasileiros. A continuidade da campanha de vacinação, aliada às medidas de controle e vigilância, reforça o compromisso do país em garantir a segurança sanitária de seu rebanho e a competitividade do setor pecuário no mercado global.
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