A juíza Andreia Caiado da Cruz, da 11ª Vara Criminal de Pernambuco, ordenou a derrubada das redes sociais e a prisão do jornalista Ricardo Antunes por descumprir decisão judicial de retirar do ar uma denúncia contra um promotor do Ministério Público do estado. A defesa de Antunes alega censura e questiona a legalidade da ação da juíza, enquanto o jornalista, processado por injúria e difamação, busca um habeas corpus para retornar ao Brasil enquanto está na Espanha.

O embate jurídico teve início com uma reportagem sobre a aquisição de um terreno na ilha de Fernando de Noronha pelo promotor Flávio Falcão. A Justiça determinou inicialmente que qualquer menção ao caso fosse retirada do site e das redes sociais de Antunes.

Entretanto, em decisão recente, a juíza identificou referências ao caso em uma história do Instagram e na conta do YouTube do jornalista. A defesa de Antunes alega ter cumprido a ordem judicial, removendo todo o histórico de reportagens das redes sociais.

O embate entre a liberdade de expressão e a ordem judicial ganha destaque neste caso envolvendo o jornalista Ricardo Antunes e a Justiça de Pernambuco. Enquanto Antunes defende sua posição contra a censura e questiona a legalidade das medidas tomadas pela juíza, o poder judiciário busca garantir o cumprimento de suas decisões. O desfecho desse conflito pode ter repercussões significativas não apenas para as partes envolvidas, mas também para a proteção dos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa no país.