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Alta Floresta,05/05/2024

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Presidente de Portugal Reconhece Responsabilidade Histórica e Necessidade de Reparação

FOLHAPRESS
Presidente de Portugal Reconhece Responsabilidade Histórica e Necessidade de Reparação Foto: Getty Images

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou na noite desta terça-feira (23) que seu país é responsável pelos crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial, afirmando a necessidade de reparação. Durante um evento com correspondentes estrangeiros, o líder social-democrata destacou que Portugal assume total responsabilidade pelos erros do passado e reconhece os "custos" desses crimes, incluindo massacres.

Rebelo de Sousa ressaltou que o país deve enfrentar as consequências de suas ações históricas e destacou a importância de ir além das simples desculpas, mencionando a necessidade de reparação efetiva. Ele questionou se ações injustas foram punidas e se bens saqueados foram devolvidos, sinalizando uma reflexão sobre como Portugal pode reparar essas injustiças.

Durante mais de quatro séculos, milhões de africanos foram sequestrados, transportados à força e vendidos como escravos, com Portugal desempenhando um papel significativo nesse sistema, traficando quase 6 milhões de africanos. No entanto, até agora, o país falhou em confrontar seu passado colonial de forma efetiva.

Críticos apontam que pouco se ensina nas escolas portuguesas sobre o papel do país na escravidão, e a era colonial muitas vezes é romantizada. Rebelo de Sousa reconheceu a necessidade de uma abordagem mais crítica em relação ao passado colonial de Portugal, destacando que a exploração dos povos indígenas e a escravidão foram aspectos negativos desse período.

A ideia de reparação histórica tem ganhado força globalmente, com exemplos como o pedido de desculpas da Holanda pela colonização e escravidão e a criação de um fundo de 200 milhões de euros para medidas educacionais sobre o tema. Além disso, o Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Pessoas de Ascendência Africana recomendou a criação de um tribunal internacional para lidar com atrocidades ligadas à escravidão, genocídio e colonialismo.


REGIONAL NOTÍCIAS:  A declaração do presidente português marca um reconhecimento importante da responsabilidade histórica do país e da necessidade de reparação por crimes cometidos durante a escravidão e a era colonial. Esse posicionamento reflete um movimento global em direção a uma abordagem mais crítica e responsável em relação ao legado do colonialismo e da escravidão. A medida que Portugal e outros países confrontam seu passado, é essencial avançar em direção a ações concretas que promovam justiça e reconciliação.




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